Autismo e saúde bucal: como fazer um atendimento odontológico para pacientes autistas

Autismo e saúde bucal: atendimento odontológico para autistas
Os pacientes com autismo precisam ter acompanhamento frequente com médico especializado e também um cirurgião-dentista.

Em abril, é celebrado o Mês Mundial do Autismo, que começa com o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, sancionado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2 de abril. Pois, nos últimos anos, grandes progressos foram feitos no aumento da conscientização e aceitação do autismo,. 

Os cuidados com a saúde bucal desses pacientes podem ser complicados. Pois eles não podem verbalizar queixas sobre quaisquer problemas dentários que possam estar enfrentando e podem exibir uma variedade de comportamentos e reações a pequenas mudanças também.

Como podemos prevenir cáries dentárias, distúrbios periodontais e outros problemas de saúde bucal ao lidar adequadamente com pacientes com autismo? Este texto apresenta uma visão desses problemas e ajuda a fornecer boas observações.

O que é  Autismo?

O autismo é um transtorno de desenvolvimento comum caracterizado por dificuldade de comunicação social e padrões restritos ou repetitivos de pensamento e comportamento.

Nestes casos, as pessoas com autismo têm dificuldades de comunicação e podem ter certas características comportamentais, como dificuldade com mudanças na rotina e em lugares novos. Além de diferenças de processamento sensorial, que tornam os cuidados preventivos e as avaliações odontológicas particularmente difíceis. 

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) reúne complicações do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância que são classificadas como: autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil, Autismo de Kanner. E também, Autismo de Alto Funcionamento, Autismo Atípico, Transtorno Global do Desenvolvimento,Transtorno Desintegrativo da Infância e a Síndrome de Asperger.

Pois, apesar de ainda ser chamado de autismo infantil, pelo diagnóstico ser comum em crianças e até bebês, os transtornos são condições permanentes que acompanham a pessoa por todas as etapas da vida.

Por isso, pacientes com TEA precisam ter acompanhamento frequente com médico especializado  e também um cirurgião-dentista. Ou seja, precisam fazer um tratamento preventivo com um profissional odontológico durante toda a vida. Visto que normalmente têm muita dificuldade em lidar com a higiene bucal, o que aumenta o risco às doenças.

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Como o autismo afeta a saúde bucal?

Ter autismo não significa que seus dentes serão diferentes. No entanto, os problemas de saúde bucal são mais comuns por causa de hábitos como escolhas alimentares e medicamentos que afetam a saúde das gengivas. Pois, isso pode levar a um aumento do risco de cáries em dentes permanentes. 

Além disso, pacientes com autismo podem sofrer de supercrescimento gengival.periodontite, bruxismo, anomalias dentárias, depressões, descoloração, linhas ou outros defeitos de desenvolvimento nos dentes.

O cirurgião-dentista pode evitar problemas dentários, desde que o paciente autista sinta-se confortável com os cuidados dentários. Com isso, ajuda na resolução de qualquer transtorno que possa acontecer.

Aspectos que o cirurgião-dentista deve considerar ao atender um paciente autista

Existem muitos aspectos que o cirurgião-dentista deve considerar no momento de atender um paciente autista, como o ambiente, a comunicação, tipo de procedimento, as características comportamentais. 

Logo, esse tipo de atendimento pode variar conforme o caso de cada paciente, porém, é importante que o cirurgião-dentista possua um grau de conhecimento sobre autismo e empregue essas técnicas em cada situação. Pois, são elementos essenciais para um atendimento de qualidade.

O cirurgião-dentista deve procurar ter cuidado em relação ao uso dos termos quando se dirigir ao paciente. Ou seja, não use o termo “portador de autismo”, neste caso é possível usar expressões como “autista”, “paciente com TEA”. 

É importante salientar que os pacientes autistas não precisam contar ao cirurgião-dentista sobre seu diagnóstico, mas é preciso dar-lhes uma oportunidade de fazê-lo pode ser útil. Por isso, procure conversar com ele ou com a família antes da consulta para descobrir se existe algum problema que precise resolver.

Esteja ciente de que injeções e perfurações, especialmente se acompanhadas de ruído ou outras sensações, como água fria, podem ser particularmente dolorosas. 

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O tempo de espera pode aumentar a ansiedade do paciente autista

O tempo de espera pode aumentar a ansiedade, então o cirurgião-dentista pode precisar ser mais flexível ao tratar pacientes autistas. Com isso, procure marcar uma consulta dupla ou distribuir o tratamento em várias visitas. Pois,isso significa que é possível dar um passo de cada vez e  ajudar a controlar a ansiedade da pessoa.  

Além disso, é importante o acompanhamento dos pais ou cuidador durante a consulta. Isso pode ajudar na comunicação, desde que o paciente esteja de acordo. Neste caso, o acompanhante precisa se sentir confiante de que pode falar em nome do paciente e sobre suas necessidades. 

Portanto, o cirurgião-dentista focar a sua comunicação no que o paciente necessita saber sobre o que será feito durante o atendimento – como a necessidade de consultas de acompanhamento.

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Por fim: Mantenha o paciente tranquilo

Os pacientes autistas são pessoas hipersensíveis, que podem se sentir incomodados facilmente. Por isso, contatos físicos, ou até mesmo determinados sons, podem transformar-se em incômodo para eles. 

Por isso, um dos fatores determinantes para o sucesso da consulta é sempre deixar o paciente tranquilo. Diante disso, cabe reforçar que a escolha de um ambiente agradável ajuda a deixá-lo mais calmo, além disso, é importante considerar aspectos como, idade, grau de  

Um requisito principal para o sucesso da consulta é manter o paciente calmo. Para isso, escolha um ambiente tranquilo e evite ao máximo mudar os móveis de lugar, pois os portadores de autismo são muito sensíveis a qualquer tipo de mudança, e não costumam reagir de maneira positiva.

É muito importante que o paciente seja atendido sempre pelo mesmo profissional e no mesmo consultório, para que ele se habitue e crie uma identificação com o local.

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É necessário levar em consideração alguns aspectos como idade, a gravidade do caso e habilidades específicas de cada paciente. 

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